A importância da integridade e da transparência nas relações público-privadas e as tendências e práticas que vêm sendo adotadas pelo mercado nesse segmento foram tema do I Fórum Brasil GRC (Governança, Riscos e Compliance) – Um Novo Ambiente de Negócios, que reuniu aproximadamente 300 pessoas, nesta segunda-feira (26), no Hotel Golden Tulip, na Enseada do Suá, em Vitória.

O Fórum foi realizado pelo Espírito Santo em Ação e pela MultiEventos, com apoio institucional da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont). O objetivo do evento foi promover um debate sobre a necessidade de se criar um ambiente de negócios saudável à condução das empresas e ao relacionamento público-privado, reforçando a integração dos atores relevantes no cenário nacional com a agenda da integridade.

Durante a abertura, o secretário de Estado de Controle e Transparência, Marcos Pugnal, ressaltou a importância de uma ação conjunta, entre órgãos governamentais e a iniciativa privada, para elevar a discussão sobre o tema.

“Do lado do Estado, o governo trabalha justamente no fortalecimento da governança e da gestão de riscos. A Secont foi estruturada para trabalhar em quatro frentes – controle interno, transparência, integridade e correição – e todas convergem para o mesmo fim: contribuir para a melhoria da gestão, reduzir o risco de desvios de recursos públicos, prevenir e combater a corrupção”, afirmou.

Projetos estruturantes

Pugnal destacou a importância da continuidade na secretaria, para o desenvolvimento de projetos estruturantes como a modernização do controle interno, com a implementação do modelo europeu que traz a perspectiva das três linhas de defesa; e o fortalecimento da transparência pública, com a oferta de ferramentas que contribuem para a participação social, como o Portal da Transparência e novo Portal de Acesso à Informação.

Além disso, destacou o pioneirismo do Espírito Santo na aplicação da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/13) e, mais recentemente, na criação do Código de Conduta e Integridade a ser observado pelos fornecedores de bens e serviços, criado por meio da Lei 10.793, sancionada pelo governador Paulo Hartung em dezembro passado. “Nosso objetivo não é esperar que o problema ocorra, para atuarmos na investigação e punição. Queremos agir antes, por isso, estamos investindo na prevenção”, afirmou Pugnal.

“É preciso haver uma mudança cultural, e vivemos um momento que nos traz perspectivas de avanços. A realização deste evento, trazendo esta temática altamente relevante e profissionais de renome em diferentes áreas para debatê-la, é exemplo disso”, acrescentou, afirmando ainda que cabe ao poder público criar um ambiente propício para que a iniciativa privada possa atuar de forma ética e sustentável.

Desburocratização

O ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, foi o primeiro palestrante e falou sobre o tema “A Integridade na Administração Pública Brasileira”. Ele pontuou que o combate à corrupção e à ineficiência no setor público passa pela desburocratização, e que é preciso resgatar a confiança das instituições, desenvolvendo um ambiente de ética na relação público-privada.

O Fórum GRC reuniu Auditores do Estado, gestores públicos e privados, profissionais das áreas de auditoria, controladoria, contabilidade, compliance e gestão de riscos, advogados, professores, estudantes, dentre outros.

Entre os palestrantes também estavam o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) Júlio Marcelo de Oliveira e o diretor da Compliance Total, Wagner Giovanini. Entre os participantes dos painéis de debates estavam o promotor de Justiça Marcelo Zenkner, que é ex-secretário da Secont, e o CFO/HEAD de riscos e compliance da ArcelorMittal Brasil, Paulo Wanick.

O valor arrecadado com as inscrições foi doado à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Vitória (Apae Vitória).

Informações à Imprensa

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