O Espírito Santo está entre os três Estados do país com o nível 2 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna, depois de Goiás e Minas Gerais.  O resultado final da validação externa, do Conselho Nacional de Controle Interno foi consolidado nessa segunda-feira (26) e nesta terça-feira (27), pelas Controladoria dos Estados da Paraíba e Goiás. A apresentação dos resultados aconteceu nesta terça-feira à representantes do Estado e para os Auditores de Controle Interno da Secont.

Um dos validadores da Controladoria-Geral do Estado de Goiás, o auditor Fábio Jubé, explicou que o processo teve início com a realização de uma autoavaliação pela equipe de auditores da Secont, em que os 66 requisitos necessários para atender ao nível 2 do modelo foram atendidos. “Foi levado em consideração para a validação final a confirmação de que a Secont estruturou suas atividades de auditoria interna para alinhá-las com as normas do modelo internacional IA-CM”, pontuou.

O nível 2 do modelo internacional de Auditoria, também faz parte dos projetos prioritários da Secont. A autoavaliação começou em novembro do ano passado, quando parte da equipe de auditores internos da Subsecretaria de Controle participou do projeto de validação externa do nível 2, promovido pelo Conselho Nacional de Controle Interno, o Conaci.

O secretário de Estado de Controle e Transparência, Edmar Camata, destacou que a validação ao nível II do IA-CM certifica o trabalho de auditoria realizado pela Secont, atestando que é guiado pelas melhores práticas globais, se somando aos resultados em transparência e aplicação da Lei Anticorrupção. “Podemos dizer que as macroáreas de controle interno estão harmonicamente no caminho certo, e é muito importante reconhecer que esse é um resultado de trabalho árduo dos nossos auditores”, acrescentou o secretário. 

O modelo tem cinco níveis de maturidade e o objetivo é atingir o nível 3, até o ano de 2027. “A certificação é uma ação importante para o fortalecimento da Auditoria Interna no Poder Executivo Estadual e reforça o compromisso da Secont com uma Auditoria convergente com as práticas internacionais e voltada para contribuir com órgãos/entidades no aperfeiçoamento de suas operações e alcance de seus objetivos”, também frisou o Subsecretário de Controle, Artur marques.

O QUE É O IA-CM?

Desenvolvido em 2009 pelo Instituto dos Auditores Internos (IIA), com apoio do Banco Mundial, o Modelo IA-CM analisa o serviço e o papel da auditoria interna, o gerenciamento de pessoas, as práticas profissionais, a prestação de contas e a estrutura de governança empregada. O método de trabalho prevê a realização de uma autoavaliação, a melhoria contínua e o estabelecimento de um plano evolutivo, além da institucionalização de processos.

O modelo está estruturado em uma matriz, denominada, Matriz de 1 Página, contendo cinco níveis de maturidade, seis elementos de auditoria e 41 macroprocessos KPA (key process areas) vinculados a esses níveis e elementos. Cada macroprocesso tem um objetivo específico e identifica as atividades essenciais que devem ser colocadas em prática e sustentadas. Para alcançar um nível de maturidade é necessário que todos os macroprocessos do mesmo nível estejam implementados (institucionalizados), o que representa estar na cultura da unidade de auditoria interna.

O IA-CM é atualmente a ferramenta estratégica nacional recomendada aos membros do CONACI, com o objetivo de fortalecer a atividade de auditoria interna governamental no Brasil, mediante a parceria instituída desde 2014 entre o Conaci e o Banco Mundial (World Bank).

*Fonte: Instituto dos Auditores Internos – IIA 

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